O Estado apresenta atualmente 2.116 casos de dengue confirmados em 69 municípios (Foto: Natinho Rodrigues). |
Em boletim epidemiológico divulgado ontem, a Secretaria da Saúde do
Estado do Ceará (Sesa), confirmou a primeira morte por dengue em 2014 no
Ceará. O óbito foi registrado no dia 22 de abril, no município de
Maracanaú, e é o único confirmado dentre 14 notificações de mortes por
suspeitas da doença.
De acordo com o boletim, o Ceará apresenta
atualmente 2.116 casos de dengue confirmados em 69 municípios, 232 a
mais em relação ao que constava no informativo anterior, divulgado no
último dia 25.
Tomando em consideração os casos de dengue com
sinais de alarme, o número saltou de 17 confirmações em quatro
municípios para 29, em nove cidades.
Em relação aos casos de
dengue grave, o número aumentou de um para três, um deles representado
pelo caso de óbito em Maracanaú. As outras duas confirmações foram
feitas nos municípios de Pereiro e Juazeiro do Norte. Ambos os
pacientes, entretanto, já foram curados.
O boletim atesta ainda
que 35 municípios cearenses sofrem com infestação pelo Aedes aegypti,
mosquito transmissor da doença. 69 municípios são apontados com casos de
transmissão da dengue. A doença apresenta incidência de 105,22 casos
para cada 100 mil habitantes do Estado do Ceará.
Os municípios
com maior incidência de Dengue no Estado do Ceará foram Fortaleza, com
461 casos registrados, e Tauá, com 421 casos contabilizados.
Queda
Embora
a primeira morte por dengue seja motivo de alerta contra a disseminação
da doença no Estado, o número de óbitos caiu em 95% em relação a igual
período entre janeiro e abril de 2013, quando o total de 21 mortes havia
sido confirmadas. No Brasil, o número de mortes caiu 87% nos três
primeiros meses deste ano, em comparação ao mesmo período de 2013. Entre
janeiro e março de 2014, foram 47 óbitos no país, enquanto em 2013, 368
mortes foram notificadas nesses meses.
A Secretaria da Saúde do
Ceará informa, por meio da assessoria de comunicação, que para o
controle da dengue, prefeitos e secretários municipais de saúde devem
garantir a continuidade das ações do controle focal do mosquito pelos
agentes de endemias, realizar multirões de limpeza urbana e convocar a
população a colaborar.
Classificação
Desde
janeiro de 2014, por sugestão da Organização Mundial de Saúde (OMS), a
dengue recebeu novas classificações, que especificam de forma mais
adequada cada possível manifestação da doença.
A doença agora é
classificada em dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Uma
pessoa com duas ou mais manifestações como dor de cabeça, febre, náusea,
vômitos, manchas avermelhadas na pele ou prova do laço positivas, é
considerada como caso suspeito de dengue.
A dengue com sinais de
alarme diz respeito ao paciente em que, no período de efervescência da
febre, apresentar um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal
contínua, vômitos persistentes, acumulação de líquidos, sangramento de
mucosas, dentre outros.
Já os casos de dengue grave são
caracterizados por choque, sangramento grave ou comprometimento grave de
órgãos como coração ou do sistema nervoso central.
Fonte: Diário do Nordeste
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