Obra administrada pelo Dnit acontece entre os quilômetros 108 e 112 da BR-222, em Itapajé, para transformar o trecho em linha reta FOTO: WELLINGTON MACEDO |
Sobral. Continuam as obras na BR-222 no trecho dos
quilômetros 108 e 112, na cidade de Itapajé. O trecho que ficou
popularmente conhecido como “Curva da Morte” está sendo implodido em
etapas para transformar-se em uma via reta. Uma outra etapa foi
realizada ontem.
O trecho da rodovia passa por obra para tentar reduzir os riscos de
acidentes na curva. A “curva da morte”, que recebeu esse nome da
população da Zona Norte do Ceará pós vários acidentes no trecho, fica
entre os quilômetros 108 e 112 da BR-222, na cidade de Itapajé. O local
foi interditado ao meio-dia.
A rocha tem cerca de oito a 10
metros e para sua implosão estão sendo usadas dinamites, sendo
interditados quatro quilômetros da rodovia. A operação desta
quinta-feira ocorreu entre 11h30 às 14h30. A demora no procedimento é
decorrente da retirada das rochas e dos entulhos na pista.
Técnicos
instalaram dinamites para implodir parte das rochas. O Dnit explica que
a detonação é necessária para conclusão do projeto que prevê a
transformação da curva em uma reta.
O trecho foi fechado para
tráfego pela Polícia Rodoviária Federal, que manteve os motoristas a uma
distância de cinco quilômetros do local, onde foram detonados os
explosivos. Devem ocorrer ainda outras três implosões. Além do fim da
“curva da morte”, o trecho BR-222 que corta o Ceará passa por obras de
melhorias. Nesta quarta-feira, o tráfego ficou interditado na “Rampa
Itapaje” entre os quilômetros 119 e 121, das 11h30 às 12h30.
Revitalização
Do
quilometro 11 ao 48, a pista se encontra em obras de revitalização e
sem sinalização vertical em alguns pontos. Outros trechos em obras são
os quilômetros 91 até 179, e o acesso oeste para Tianguá nos quilômetros
311 ao 314, onde estão ocorrendo obras de duplicação que se encontram
paralisadas.
De acordo com o site do Dnit, há ocorrências de
buracos nas pistas, desvios de trafego do entorno dos viadutos e
sinalização precária. Em agosto a população de Tianguá bloqueou o trecho
com pneus queimados. A população tentava chamar atenção do poder
público para instalar redutores de velocidade após acidentes com vítimas
na região. A manifestação começou na manhã de sexta-feira, 30, e
terminou na madrugada do dia 31. O corpo de bombeiro esteve no local
para apagar o fogo, e a Polícia Rodoviária orientou o tráfego de
veículos no trecho.
No acesso oeste de Sobral o trecho se
encontra em siga-e-pare para a revitalização dos trechos do quilometro
179,9 ao 228,7. A BR 222 também foi palco do Rally da BR em 2011,
movimento criado para protestar contra o descaso nas estradas federais
que cortam o Ceará. Dois dias antes do “Rally”, a Empresa Guanabara
havia desviado as rotas de seus ônibus devido ao estado precário da
rodovia. A gerência de manutenção da empresa declarou, na época, que o
maior prejuízo era o tempo perdido. Dois anos se passaram desde o início
das obras nos trechos mais prejudiciais, que vão de Sobral a Umirim,
extrapolando o prazo de entrega de dois anos.
JÉSSYCA RODRIGUES
COLABORADORA
Diário do Nordeste
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