O Ministério Público do Estado do Ceará enviou uma recomendação ao prefeito de Pacajus, Marcos Roberto de Brito Paixão, para pedir a anulação da licitação que contratou o Instituto Nacional de Gestão Avançada (Inga) para organizar o concurso previsto para o próximo fim de semana (dias 16 e 17). Mais de 15 mil pessoas se inscreveram para o certame. O documento foi expedido pelo promotor de Justiça Ythalo Frota Loureiro.
Além disso, há indícios de que a certidão negativa de débitos municipais tenha sido expedida pela Secretaria de Finanças em horário posterior ao início do pregão, e o Instituto já deveria ter toda a documentação antes da entrega dos envelopes. “Mesmo diante desse flagrante desrespeito com a moralidade pública, a empresa sequer foi inabilitada, tendo saindo ainda vencedora da licitação, mostrando conivência com o ato ilegal”, afirma o promotor na peça.
Também não foi comprovada a capacidade técnica da empresa para realizar o certame, tendo em vista que nos últimos anos o Inga já havia sido alvo de ações do Ministério Público por conta de irregularidades verificadas em concursos públicos das Prefeituras de Pindoretama e Russas. Além disso, ao apresentar a proposta final, o Instituto colocou na documentação um valor numérico diferente do valor escrito por extenso. Para o promotor, a conduta demonstra o descuidado com as formalidades públicas.
O Ministério Público pede que, ao cancelar o pleito, o poder municipal devolva o dinheiro da taxa de inscrição paga pelos candidatos e que o prefeito compareça a uma audiência pública no próximo dia 2 de abril para firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) relacionado ao concurso.
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