Saiba quais outras marcas também já sofreram boicotes por associações políticas

Recentemente, diversas marcas de grande projeção têm enfrentado repercussões e chamados de boicote por parte de consumidores devido a associações percebidas com posicionamentos políticos ou ideológicos. Este cenário reflete a crescente polarização e a atenção do público sobre as figuras e causas que as empresas escolhem apoiar em suas campanhas.

Um exemplo notável no Brasil é o caso da Havaianas, que gerou controvérsia após uma fala da atriz Fernanda Torres em uma campanha publicitária. A interpretação de um trocadilho sobre “começar o ano com os dois pés” foi vista por parte da ala conservadora de consumidores como uma provocação política, resultando em chamados de boicote. Similarmente, a marca de chocolates Bis, da Mondelēz Brasil (Lacta), foi alvo de boicote em 2023. A polêmica surgiu da associação do produto com o influenciador Felipe Neto, conhecido por suas posições progressistas e críticas ao então presidente Jair Bolsonaro, levando a uma mobilização nas redes sociais por parte de grupos conservadores.

Outras empresas brasileiras, como Centauro, Havan, Riachuelo, Smart Fit, Bio Ritmo, Madero e Coco Bambu, também vivenciaram chamados de boicote nas redes sociais. Essas mobilizações, vindas de setores de esquerda, estavam ligadas a associações percebidas de apoio ao então presidente Jair Bolsonaro ou aos posicionamentos políticos de seus proprietários. Internacionalmente, casos como o da H&M, que enfrentou retaliação na China por sua posição contra o trabalho forçado em Xinjiang, e o da Bud Light nos Estados Unidos, que sofreu um significativo boicote após uma campanha com uma influenciadora trans, ilustram a amplitude global dessas repercussões. Marcas como Nike, Goya Foods e Target também foram alvo de críticas e boicotes por suas escolhas em campanhas publicitárias ou declarações de seus executivos, abordando temas como protestos de atletas, coleções com temas LGBTQ+ e elogios a líderes políticos.