Acusado de feminicídio em Fortaleza tem defesa por insanidade: "Deu 34 facadas, tomou banho e saiu"...
Justiça analisa pedido de perícia psiquiátrica para réu em caso de enfermeira morta.
A primeira audiência do caso de feminicídio da enfermeira Clarissa Gomes, de 31 anos, foi realizada em 29 de outubro, no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Clarissa foi vítima em julho deste ano, e os autos do processo indicam que o crime foi cometido por seu ex-companheiro, Matheus Anthony Lima, motivado pela não aceitação do fim do relacionamento.
Luciano Gomes, pai da vítima, detalhou o crime, mencionando que o agressor teria desferido 34 facadas, tomado banho e trancado a porta antes de deixar o local. Ele expressou preocupação com a possível linha de defesa que alega problemas de saúde mental do acusado, afirmando que a frieza dos atos contestaria essa versão. Luciano Gomes descreveu a filha como uma mulher dedicada à carreira e aos estudos, sugerindo que o réu sentia inveja do sucesso dela e a explorava financeiramente.
A defesa de Matheus Anthony, por sua vez, solicitou a instauração de um Incidente de Insanidade Mental. Essa medida legal visa garantir que a condição psíquica do acusado seja avaliada por uma perícia oficial e imparcial. Segundo o advogado do réu, ele sofria de diversas condições mentais, como epilepsia, ansiedade e outros transtornos, argumentando que apenas um perito psiquiátrico forense poderia determinar sua real condição de saúde.