ONU se diz "horrorizada" com megaoperação no RJ e pedeinvestigações sobre o caso

Uma operação policial de grande porte realizada na terça-feira (28/10) nas comunidades da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, resultou na morte de ao menos 64 pessoas, incluindo quatro policiais. A ação, considerada a mais letal da história do estado, mobilizou 2.500 agentes de segurança com o objetivo de cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma F4cção Cr1m1nosa. O Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou preocupação com a letalidade da operação, destacando a tendência de consequências letais extremas em ações policiais no Brasil e solicitando investigações rápidas e eficazes das autoridades brasileiras, além de lembrar o país de suas obrigações sob o direito internacional dos direitos humanos.

A ofensiva policial teve como foco conter o avanço territorial da F4cção Cr1m1nosa e prender lideranças do tráfico de drogas. Durante o confronto, criminosos reagiram com barricadas, drones, bombas e tiros. As forças de segurança relataram que 81 pessoas foram presas e ao menos 75 fuzis foram apreendidos, evidenciando o poder de fogo do grupo nas áreas ocupadas. Os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral, e os policiais militares Cleiton Serafim Gonçalves e Herbert, do Bope, faleceram durante a operação. A ação contou com o apoio do Ministério Público do Rio (MPRJ) e resultou na denúncia de 67 pessoas por associação para o tráfico e três por tortura. Segundo o MPRJ, o Complexo da Penha é considerado uma base estratégica para a expansão da F4cção Cr1m1nosa devido à sua localização próxima a vias expressas. #RioDeJaneiro #OperacaoPolicial #DireitosHumanos #SegurancaPublica