A travesti cearense Karen Cristina, 18 anos, morreu após ser espancada na noite desta quarta-feira (9), em um hotel em Vila Nova Cachoeirinha, na cidade de São Paulo. A família realiza uma campanha para trazer o corpo da jovem para Fortaleza.
Momentos antes do crime acontecer, a vítima chegou a gravar um vídeo informando que estava em um hotel e enviou para os familiares. Em outro vídeo, feito após Karen ser ferida, a jovem aparece caída no chão e desacordada, enquanto uma amiga relata que ela foi agredida por um cliente que não quis pagar o programa.
O G1 solicitou informações à secretaria da Segurança de São Paulo, mas até a última atualização desta matéria não recebeu resposta.
Alessandra, irmã de Karen, afirma que um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo atestou que a jovem morreu por traumatismo craniano.
Karen viajou para São Paulo em agosto para trabalhar como garota de programa. Ela pretendia voltar ao Ceará no dia 20 deste mês.
Conforme Alessandra, a irmã estava no hotel na companhia de um amiga e um cliente, quando a colega dela pegou o celular do cliente e colocou dentro da bolsa de Karen sem ela perceber. Ao sentir falta do aparelho, o suspeito encontrou o celular e iniciou as agressões.
Segundo Alessandra, Karen foi agredida dentro do quatro, depois o corpo dela foi arrastado e abandonado na recepção do estabelecimento. A amiga e o suspeito foram presos.
Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) mostram que o Ceará é o segundo Estado com mais mortes de pessoas trans no período janeiro a 31 de outubro de 2020, com 19 casos, ficando atrás apenas de São Paulo, que registrou 21 assassinatos travestis e transexuais no mesmo período.
Fonte G1
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