As duas usinas termelétricas instaladas no município de São Gonçalo do Amarante, a Pecém I e a Pecém II estão gerando energia para a região Sudeste do País, que vem sofrendo com frequentes apagões. Juntas, elas produzem 1.085 MW que são interligados à rede administrada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O acionamento das usinas termelétricas vem sendo utilizado desde o final de 2012 no país para poupar a água dos reservatórios das hidrelétricas e evitar o risco de faltar energia ou de racionamentos, durante períodos de estiagem, como ocorre atualmente.
As usinas termelétricas do Pecém produzem energia à base de carvão mineral pulverizado. Embora sejam mais poluentes e produzam uma energia até cinco vezes mais caras do que as hidrelétricas, ainda assim são consideradas essenciais no equilíbrio da oferta de energia.
A boa notícia para o Nordeste é que o pagamento do custo adicional das térmicas passará a ser pago por todos os brasileiros, e não mais apenas pelos consumidores da região onde as usinas estão localizadas. Essa medida beneficia os consumidores do Nordeste, que pagariam um custo maior pelo fato de boa parte do parque de térmicas estar localizada nos Estados da região, embora parte dessa energia seja enviada para o Sudeste. Na sexta- -feira da semana passada, por exemplo, o Nordeste enviou 2,5 mil MW médios ao Sudeste.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs a nova forma de rateio durante reunião da diretoria, e ficará em audiência pública de 29 de janeiro a 2 de março. A nova proposta de divisão de custos, no entanto, já será aplicada em janeiro.
Assim, em vez de onerar a conta de luz de janeiro do Nordeste em R$ 25 por megawatt-hora (MWh) e a do Sudeste em R$ 3,60 por MWh, todos os brasileiros pagarão R$ 3,65 a mais por MWh nesse mês.
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