Aos 47′ do primeiro Diego recebe a bola dentro da área e marca o único gol da partida FOTO: REPRODUÇÃO/ FACEBOOK |
Com uma excelente atuação, o Atlético-MG bateu o Cruzeiro por 1 a 0, no Mineirão, e conquistou pela primeira vez a Copa do Brasil.
No primeiro jogo de decisão, disputado há duas semanas no estádio Independência, o Atlético-MG havia vencido por 2 a 0 e poderia perder por até um gol de diferença que também seria campeão do torneio.
A campanha foi marcada por viradas heroicas. Nas quartas de final, diante do Corinthians, o time perdeu o jogo de ida por 2 a 0 no Itaquerão. Na volta, no Mineirão, os atleticanos sofreram um gol no início, mas venceram por 4 a 1.
A desvantagem parcial de 3 a 0 no placar agregado se repetiu na semifinal contra o Flamengo. Entretanto, embalado pela torcida, o Atlético-MG mais uma vez triunfou.
O título dos atleticanos encerrou um jejum de títulos nacionais iniciado na década de 1970. De quebra, a equipe evitou a segunda “tríplice coroa” do rival, além de não deixar o Cruzeiro se tornar o maior vencedor da Copa do Brasil.
O jogo
Sem Mayke, Marcelo Oliveira optou por Ceará na lateral-direita. No meio-campo, o técnico do Cruzeiro surpreendeu ao escalar Nilton no lugar de Lucas Silva, titular no primeiro jogo da final. No Atlético-MG, Levir Culpi escolheu Rafael Carioca como substituto do volante Josué, suspenso.
O jogo foi aberto desde o apito inicial. Mesmo em vantagem, o time alvinegro não abdicou do ataque. Com uma marcação eficiente no meio-campo, os atleticanos dificultavam a saída de bola do Cruzeiro.
Forçada a abusar da bola longa, a equipe celeste não conseguia criar oportunidades. Pior, via o rival ser mais perigoso em lances de contra-ataque.
Aos 12 min, Nilton perdeu a bola na intermediária, Luan arrancou em velocidade e serviu Marcos Rocha. O lateral ganhou na corrida do marcador e bateu para a defesa de Fábio. Na sobra, Diego Tardelli chutou para fora.
O Cruzeiro levou três minutos para dar a resposta. Ricardo Goulart aproveitou chutão de Fábio e finalizou desequilibrado à direita do gol de Victor.
Diego Tardelli desperdiçou nova chance aos 24, ao desviar, da pequena área, cobrança de falta de Dátolo sobre o travessão do Cruzeiro.
Na terceira oportunidade, Tardelli mostrou o oportunismo que o levou à seleção brasileira para colocar o Atlético-MG na frente. Aos 46, ele escapou da marcação para testar cruzamento da direita de Dátolo fora do alcance de Fábio.
O Cruzeiro voltou do intervalo com a obrigação de marcar quatro vezes. Contudo, o campeão brasileiro não tinha energia para jogar na intensidade necessária para a reação. Nem a torcida, abatida, parecia acreditar na virada.
O Atlético-MG, então, decidiu levar o jogo em banho-maria. O nível técnico caiu, mas quem se preocupa com isso em uma decisão? Os atleticanos, com certeza, não.
Aos 30 min da etapa final, Dátolo cobrou falta com violência e acertou o travessão. No gol, Victor só precisou fazer sua primeira defesa aos 38, em chute de Ricardo Goulart. Um minuto depois, Leandro Donizete perde a cabeça e recebe o vermelho após atingir Dagoberto.
Mesmo com um a menos, a festa estava garantida. Quando Luiz Flavio de Oliveira apitou o fim do clássico, a pequena torcida alvinegra presente ao Mineirão comemorou a vitória mais gostosa da história dos clássicos entre Atlético-MG e Cruzeiro.
Fonte: Folhapress
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