Foto: Ricardo Matsukawa / Terra |
Galvão Bueno pode ter feito neste domingo sua última narração em uma partida de Copa do Mundo. Sem cravar se irá se aposentar antes do Mundial da Rússia (chegou a dizer “nos vemos em 2018” em Copa no fim da transmissão), o global teve transmissão contida na final vencida pela Alemanha por 1 a 0 sobre a Argentina, mas mesmo assim apresentou dificuldades com a voz, um dia após ter narrado Holanda x Brasil.
O principal locutor da emissora, que teria renovado contrato com o narrador até 2019, tem até o fim de seu acordo ao menos mais uma Olimpíada (2016, Rio de Janeiro) e uma Copa (2018, Rússia). Pelo fim da transmissão da decisão deste domingo, no entanto, Galvão só chega até os próximos eventos como narrador principal se sua voz lhe permitir – Cléber Machado e Luís Roberto seriam candidatos ao posto. A reta final do duelo no Maracanã foi feita na “raça” por Galvão, que mostrou-se contido durante todo o duelo, provavelmente para poupar a voz após narrar no último sábado 90 minutos.
Na prorrogação, entretanto, as cordas vocais do locutor não aguentaram e o global mostrou-se rouco, com dificuldades para seguir no comando da transmissão – na última semana, Galvão narrou ao todo 12 gols.
Mesmo com a falta de voz, Galvão conseguiu gritar o gol da Alemanha. Ao fim do jogo, ainda relembrou um tradicional bordão que fez história em 1994: “a Alemanha é tetra, é tetra, é tetra, é tetracampeã do mundo”.
Com o narrador contido e com poucos comentários ao longo do jogo, foi do comentarista Ronaldo a ironia mais ácida do duelo. Ao ver alemães tomando água com argentinos em uma pausa para atendimento, o ex-jogador ironizou: “os alemães, pegando água ali, têm que tomar cuidado”, lembrando do famoso momento da Copa de 1990, quando o brasileiro Branco teria tomado uma água “batizada” pelos argentinos, fato confirmado tempos depois por Maradona.
Fonte: Terra
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