Dor e revolta no velório de uma idosa de 89 anos de idade, vítima de um câncer. Ela faleceu por volta das 18 horas deste domingo, 25. Como a família é hipossuficiente e nem pagava plano funerário, necessitava de um caixão doado pela Prefeitura de Quixadá, mas os familiares alegaram que não conseguiram.
Maria Ducarmo Fernandes da Silva, 89 anos, morreu no Hospital Dr. Eudásio Barroso, em seguida foi colocada na “pedra” daquele nosocômio. Mesmo sem caixão, a família foi obrigada a levar o corpo para sua residência. Desesperada e sem condições para pagar um carro, a filha ia levar o corpo em um mototaxista, mas a direçao do hospital mandou levar em uma ambulância após a família suplicar. Ao chegar, a anciã teve que ser colocada em uma rede como nas décadas passadas.
Amigos e vizinhos, percebendo o sofrimento dos quatro filhos, entre ela, a doméstica Nilzete Fernandes da Silva, 35 anos, conseguiram uma tábua e um véu para berço, assim foi improvisado.
“Minha mãe não merecia esse tratamento tão indigno, somos pobres, mas merecíamos ao menos respeito”, disse chorando a filha por não ter condições de ofertar um funeral merecido para sua querida mãe.
O velório fora dos padrões da dignidade da pessoa humana chamou a atenção de moradores da área denominada de Mutirão do Campo Velho.
Nesta segunda-feira, 26, populares mantiveram contado com o portal Revista Central pedindo auxilio. Nossa equipe conseguiu falar com o prefeito João Hudson que prometeu resolver o problema. A secretária de Assistência Social Juvenina Calixto, explicou que a licitação realizada para aquisição de caixão está sub-judice, mas também prometeu ajudar.
Ao saber que sua mãe seria sepultada em um caixão, a filha chorou e disse que a imprensa era hoje o único meio de proteção da sociedade. O portal Revista Central lamenta profundamente e se colocada sempre a disposição da população, sendo esta a sua função social.
Fonte: Revista Central
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