Alta no preço da cerveja é esperado para depois da Copa, segundo disse ministro da Fazenda
(Foto: divulgação)
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Fortaleza/São Paulo. Alvo de uma carga tributária de
53%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação
(IBPT), a cerveja brasileira despontou no ranking de preços do banco de
dados internacional Numbeo como a 12ª mais cara. O mais impressionante é
que a garrafa de 600ml da bebida no Ceará – que custa, em média, R$
4,00 -, ao ser convertida em dólar, chegou a ser mais cara que a média
nacional pesquisada pelo portal e, se fosse considerada, assumiria a 10ª
posição.
Sem dar detalhes sobre a metodologia aplicada na comparação das
cervejas e dos preços delas, o site colocou os países mais ricos como os
que possuem as cervejas mais caras, enquanto os países do leste europeu
ficaram no fim da lista.
Os latinos, como Uruguai (nono colocado), Brasil, Peru, Argentina e
demais latino-americanos engrossaram o meio do ranking acompanhados por
México, Portugal, Espanha, Itália e até a Rússia e a Alemanha.
Valor mantido na Copa
Com a decisão do governo federal de adiar o reajuste dos impostos que
recaem sobre a fabricação de cerveja, o presidente da Associação
Cearense de Supermercados (Acesu), Severino Neto, confirmou a manutenção
dos preços da bebida nas prateleiras dos estabelecimentos do Estado.
“Não tem razão nenhuma para ter alta. Aliás, não vejo muito sentido em
aumentar os preços da cerveja nem agora nem depois da Copa (do Mundo de
Futebol)”, afirmou.
O grande evento esportivo foi o principal motivo para que o governo
atendesse os pedidos do setor de revenda do produto ontem e adiasse o
reajuste para agosto ou setembro. Severino lembrou ainda que “todo
evento que reúna pessoas para comemorar é razão para que o movimento de
pessoas aumente nos supermercados do Ceará”.
Consumo seguirá seleção
Perguntado se a Acesu já possuía uma estimativa de incremento na
movimentação e nas vendas de cerveja durante o Mundial de Futebol, ele
disse que “vai depender do desempenho da seleção brasileira”. Severino
argumentou afirmando que os supermercados estiveram o tempo todo se
preparando para a demanda da Copa e que o “mercado de bebida também está
preparado” para atender o aumento do consumo nos jogos.
Mantega reafirma decisão
Ontem, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro Guido Mantega
repetiu que a alta de impostos para bebidas frias foi adiada em três
meses e, portanto, ocorrerá apenas em setembro e não mais em junho, como
previsto inicialmente.
Além disso, o aumento das taxas se dará de forma escalonada. “O que
acertamos ontem (terça-feira, 13), com grandes e pequenos produtores,
além de setor de bares e restaurantes, foi que eles não aumentem preço”,
disse. Mantega argumentou, ainda, que o governo demorou para aumentar
os impostos desses produtos. “Em função da crise e de inflação maior de
alimentos, nós aliviamos e pulamos a revisão de preços de tarifas
durante um tempo. Mas em algum momento você tem de recompor”, ponderou.
“Como ficamos dois anos sem recompor, é como se tivéssemos dado subsídio
para o setor, que é importante, tem muito emprego e faz investimentos”,
completou.
Fonte: Diário do Nordeste
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