(Foto: Elisangela santos). |
Conforme o relatório, a melhoria dos prognósticos se deve ao
crescimento das chuvas na macrorregião do Cariri, que concentra grande
parte da produção de milho – carro chefe da safra de grãos cearenses
Apesar da irregularidade pluviométrica continuar imperando no Ceará, o
aumento das chuvas no Interior do Estado, entre 16 de fevereiro e 15 de
março, ajudou a reverter, pelo menos temporariamente, o quadro crítico
estimado para a safra cearense de grãos para o ano de 2014.
De acordo com a terceira edição do ano do Levantamento Sistemático da
Produção Agrícola (LSPA), a expectativa é que seja produzido 1,07 milhão
de toneladas de grãos no Ceará – 6,66% a mais em relação à estimativa
de fevereiro (1.004.154 t).
Frente à primeira projeção do corrente ano (1.069.109 t), o volume
representa um crescimento de 0,18%. Na comparação com 2013, que foi um
ano bastante castigado pela seca, sendo portanto uma base de comparação
muito baixa, a atual previsão é de uma safra 339,92% maior do que aquela
efetivamente colhida no ano passado.
Motivos para a alta
Conforme o relatório, que é produzido mensalmente pelo Instituto
Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) por meio do Grupo de
Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará (GCEA), a melhoria
dos prognósticos se deve ao crescimento das chuvas na macrorregião do
Cariri, que concentra grande parte da produção de milho – carro-chefe da
safra de grãos cearense.
No período analisado, a média das precipitações pluviométricas
observadas no Cariri foi de 206,3 milímetros, superando em 4,6% a média
normal de chuvas nessa época do ano, que é 197,2 milímetros na região.
Produtos
O aumento das chuvas, segundo o relatório, motivou agricultores a
ampliarem a área destinada ao plantio do milho em municípios das
macrorregiões do litoral de Camocim e Acaraú, Sobral, Médio Curu, Sertão
de Crateús, Sertão dos Inhamuns, Santa Quitéria, além de Poranga e
Iracema.
Dentre os cereais, leguminosas e oleaginosas, também apresentaram
crescimento na expectativa de produção para 2014 o algodão herbáceo de
sequeiro, a fava, o feijão de corda de primeira e de segunda safras, bem
como o sorgo granífero.
Em contrapartida, os produtos que apresentam redução na estimativa de
produção nesse ano são o arroz de sequeiro, o feijão de arranca de
primeira safra e a mamona. O decréscimo do arroz se deu em função da
exclusão do produto em Massapé e a redução da área de plantio em Uruóca e
em municípios da macrorregião de Sobral.
Frutas frescas
As chuvas também impactaram na estimativa de produção das frutas
frescas. A produção esperada para este grupo, na edição de março do
LSPA, é de 1.374.941 toneladas, representando uma alta de 25,51% em
relação a safra obtida no ano passado (1.095.518 t). Porém, frente a
projeção do mês anterior (1.375.583 t) há redução de 0,05% na estimativa
de produção. Em relação ao primeiro prognóstico do ano (1.377.531 t) a
retração chega a 0,19%.
Nesse grupo, composto por 19 produtos, 12 apresentaram alteração nas
respectivas estimativas de produção, sendo que seis tem previsão de
crescimento e outros seis de redução.
Apresentaram projeções positivas a banana irrigada, goiaba irrigada,
goiaba de sequeiro, maracujá, seriguela e ata. Já a acerola, banana de
sequeiro, laranja, graviola, manga de sequeiro e mamão devem ter redução
na produção em 2014.
Ângela Cavalcante
Repórter Diário do Nordeste
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