Internet gratuita deverá ser disponibilizada nas praças dos municípios e também em todas as escolas públicas. |
Cinturão Digital: Rede de 3 mil quilômetros (Km) de fibra óptica
construída e operada pelo governo do Estado – deverá ter mais 39
municípios conectados nos próximos meses, segundo revelou ontem o
presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice),
Fernando Carvalho. Com isso, além dos órgãos de cada prefeitura contarem
com internet banda larga, os estudantes das escolas públicas terão
acesso à web nos computadores das instituições e a população em geral
terá internet wi-fi gratuita em duas das praças de cada uma das cidades.
Estas
são as exigências básicas feitas às prefeituras e expressas no edital
lançado pela Etice e que terá a divulgação oficial das cidades aprovadas
feita hoje, de acordo com Carvalho.
“O nosso objetivo é
massificar o acesso da população cearense à internet, e com qualidade.
Chega desse negócio de ‘tá lento’. Vamos oferecer um serviço tão bom
quanto o que é oferecido em Fortaleza”, garantiu o presidente da Etice.
Atualmente,
apenas Banabuiú, Limoeiro do Norte, Quixadá, Sobral, Tauá e Viçosa têm
contrato com a empresa estadual para conexão na rede de fibra óptica.
Com a entrada de mais 39, Carvalho disse acreditar que os gestores devem
estar atendendo “ao grande interesse dos habitantes neste serviço”.
O prazo para que os prefeitos viabilizem a conexão deve ser de 90 dias, a exemplo do primeiro edital lançado pela Etice.
Mais barato para as cidades
Das
vantagens para as prefeituras de se conectarem ao Cinturão Digital, o
presidente da Etice destaca o preço cobrado pelo Estado. Comercialmente,
“5 megabits por segundo de velocidade custam R$ 16 mil para as
prefeituras”. Já a conexão no Cinturão “custa R$ 3 mil por 150 megabits
por segundo”.
“Nossa operação é barata porque os terrenos por
onde a fibra passa são públicos e não pagamos pedágio. E nós ainda
fazemos convênio com a Coelce (Companhia Energética do Ceará) para o uso
dos postes”, ressaltou Fernando Carvalho.
O custo mensal de
manutenção de todos os 3 mil Km também são em conta, conforme aponta
ele. Ao todo, o governo gasta mensalmente R$ 600 mil, incluindo
contratos com terceirizadas para a manutenção e concerto de rede, além
do custeio de quatro equipes da Etice no interior atuando na
fiscalização dos contratos e serviços.
No entanto, dependendo da
necessidade de cada cidade no que diz respeito à infraestrutura de
telecomunicação e informática, Carvalho observa que elas deverão lançar
edital para contratar os serviços de manutenção das suas conexões.
Uso comercial maior
Ainda
limitada aos contratos com prefeituras, a Etice está se preparando para
oferecer a rede de fibra óptica estadual para provedores de acesso, os
quais deverão ofertar serviços como TV por assinatura, internet banda
larga fixa e até serviços de teleconferência.
A autorização para
que isso possa acontecer já foi dada pelo conselho gestor do Cinturão
Digital e foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de 6 de
novembro. Segundo o texto, a Etice deverá disponibilizar 20 cotas de
transporte de dados de 200 megabits por segundo para download e upload a
partir de uma capacidade ociosa de 4 gigabits por segundo identificada
na rede do Cinturão Digital.
Preços estabelecidos
Cada
empresa que fechar contratado de uso da rede poderá ter até três cotas e
deverá pagar R$ 75 por megabit por segundo mensalmente. Para o usuário
final dos serviços oferecidos pelos provedores de acesso, o preço
estabelecido pela Etice é de R$ 29,90 mensais e a capacidade de conexão é
de 1 megabit por segundo, “com garantia de 20%”.
Sobre a
evolução dos parâmetros de qualidade da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), que são maiores que os exigidos no texto
publicado no DOE, Carvalho garantiu que eles serão respeitados.
Prazos
Acerca
dos prazos, o presidente da Etice informou que ainda haverá uma
audiência pública para divulgar as cotas disponibilizadas pelo Estado
até o dia 30 de novembro. Ainda neste ano, deve ser lançado edital para a
contratação pelos provedores de acesso e os contratos devem ser
assinados até abril do ano que vem, “por ser ano de eleições”.
Armando de oliveira limaRepórter
Diário do Nordeste
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