Foto: Rodrigo Carvalho |
A falta de cuidados simples na atenção básica durante o período pré-natal é um dos maiores desafios no combate a mortalidade infantil. No Ceará, 70,8% dos óbitos infantis notificados foram classificados como evitáveis, conforme o Boletim Epidemiológico da Mortalidade Infantil, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa).
De acordo com a Sesa, 13 Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) apresentaram percentual superior à média do Estado, com número maior ou igual a 80% de óbitos evitáveis. O boletim destacou maior registro nos municípios de Tianguá, Icó, Acaraú e Russas. Outros estados do Nordeste apresentaram 71%.
Estado apresenta redução na taxa de mortalidade infantil.
Apesar do alto percentual de mortes classificadas como evitáveis, o Estado apresentou em 2011, uma redução no número de óbitos infantis se comparado ao ano de 2010. Foram registradas 12,3 mortes por mil nascidos vivos, enquanto no ano anterior, foram 13,1 óbitos.
O boletim também revela uma redução de 61%, entre 1997 e 2011, quando apresentava 31,6 de mortes. Atualmente, 8,7% das mortes acontecem no período neonatal e 3,6% no pós neonatal (risco de óbitos entre 28 dias e 11 meses de idade). Segundo a Secretaria, o risco de morte de crianças menores de 28 dias (óbitos neonatais) representa a maior parte dos óbitos menores de 1 ano, chegando a representar 69% dessas mortes no ano de 2011.
No primeiro mês de vida, a morte ocorre por causas geralmente ligadas ao período pré-natal: acompanhamento insuficiente ou inadequado da gravidez (ausência ou poucas consultas de pré-natal), desnutrição, infecção, hipertensão e hemorragias da mãe e outras causas que podem ocasionar partos prematuros e/ou crianças com baixo peso ao nascer.
Já no período pós-neonatal as mortes acontecem devido a exposição a agressões do ambiente, levando contrair doenças respiratórias (principalmente a pneumonia) e gastrointestinais (diarreia). Além de outras doenças transmissíveis, algumas das quais podem ser prevenidas pelo uso de vacinas.
Tendência contínua de queda no país.
Em todo o Brasil, a taxa de mortalidade infantil, também mantém a tendência contínua de queda. Em 2011, de acordo com Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país apresentou 16,1 óbitos a cada mil nascidos vivos e a taxa de mortalidade na infância (até cinco anos de idade) foi de 18,7 óbitos por mil nascidos vivos.
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