A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza no dia 17 leilão para compra de milho a ser entregue pelos vendedores em portos da Região Nordeste. O edital prevê a entrega de 30 mil toneladas para o Ceará entre 2 a 7 de maio. No total, serão negociadas 103 mil toneladas do grão, volume abaixo do esperado pelo Governo Federal, 124,2 mil toneladas. Eles fazem parte do total 340 mil toneladas prometidas pela presidente Dilma Rousseff para o Nordeste na semana passada.
O cereal comprado pelo Governo Federal no mercado e entregue nos portos será doado. A retirada nos portos, o ensacamento, o transporte até as regiões de consumo e a distribuição ficarão a cargo dos governos estaduais, que terão que vender o cereal por R$ 18,12/saca nos lotes de até 3 toneladas.
O edital publicado pela Conab não estabelece condições dos modais que serão utilizados para transporte do cereal até os portos nem determina as origens. A tendência é de que a mercadoria continue chegando ao Nordeste por meio de caminhões, já que é mais rápido e mais barato que o intermodal segundo estudo da Conab publicado pelo O POVO na última quinta-feira (4). No caso do milho comprado em Mato Grosso, por exemplo, o transporte do frete rodoviário custa metade do calculado para o intermodal e leva apenas 3 a 6 dias. O transporte intermodal leva no mínimo 45 dias, porque são necessários vários caminhões para encher um navio, além de ser grande a distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e é longo o tempo de descarregamento.
O edital do leilão do próximo dia 17 prevê, ainda, a entrega de 20 mil toneladas de milho entre 2 a 9 de maio no terminal portuário de Cotegipe (BA); de 16 mil toneladas no porto de Cabedelo (PA) entre 2 a 8 de maio; de 12 mil toneladas no porto de Natal, entre 10 a 14 de maio; e 25 mil toneladas no terminal de grãos do silo portuário em Recife (PE).
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A produção de grãos no Ceará em 2012 foi a pior dos últimos 17 anos segundo o IBGE. A seca compromete safras em todo o Nordeste, que depende de cargas vindas do Centro-Oeste. Logística é uma das dificuldades nessa entrega
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