O balanço final foi divulgado, na tarde de ontem, pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social. (Foto: Tatiana Fortes). |
A cada duas horas, uma pessoa foi assassinada no Ceará em 2013. O ano
terminou com uma média de 12 casos de morte violenta por dia. Em números
absolutos, o Estado registrou 4.462 crimes violentos letais
intencionais (CVLI). Os dados incluem os homicídios, lesões seguidas de
morte e latrocínio (roubo seguido de morte).
O balanço final foi
divulgado na tarde de ontem, pela Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS). Até então, os números de dezembro, em sua
totalidade, ainda não haviam sido divulgados. Na ocasião, também foram
apresentados os números de 2012, também no formato de CVLI. Comparando
os dois anos, houve aumento de 19,5% na quantidade de casos. Em 2012,
ocorreram 3.735 mortes violentas.
Durante entrevista coletiva,
contudo, o secretário Servilho Paiva preferiu destacar que os números de
CVLI apresentaram três quedas consecutivas ao longo dos meses em que
responde pela pasta. “Os números estavam crescendo 4,5% a cada mês. Mas,
em outubro, começamos a descer. Tivemos três quedas nos últimos meses”,
enfatizou.
Fortaleza
Na Capital, o
crescimento foi de 18,4% na quantidade de assassinatos. Em 2013,
Fortaleza registrou 2.017 casos de CVLI. Sozinha, a cidade responde por
45,2% do total de mortes violentas do Estado, seguida pela Região
Metropolitana, com 942 ocorrências (21,1% do total).
O professor
César Barreira, coordenador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV)
da Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta a necessidade de uma
“medida sistemática” para conter os homicídios. “Não vamos ter redução
(dos homicídios) a curto prazo. No mínimo, a médio ou longo prazos”,
opina o professor. “A questão dos homicídios é delicada para ser
resolvida tão rapidamente. Podemos ter solução rápida em caso de
assaltos e roubos. Este tipo de delito pode ter resultados mais
imediatos”, diz ele.
Ainda segundo César, a prática de
homicídios se deve a duas grandes causas: a circulação de armas de fogo e
o tráfico de drogas. “Enquanto não reverterem esses problemas, não
vamos ter diminuição nas taxas de homicídio”, avalia. No ano passado,
6.124 armas de fogo foram apreendidas no Estado, apenas 124 a mais que
em 2012. Já a apreensão de drogas subiu para 3,2 toneladas. O
crescimento foi de 56% comparado com 2012.
Saiba mais
Casos
de Crime Violento contra o Patrimônio também aumentaram. Em 2013, foram
registradas 51.414 ocorrências de roubo, exceto latrocínio. Numa
comparação com 2012 (48.830 casos), o crescimento foi de 5,3%.
Fortaleza
concentrou 72,9% do total dos roubos. Somente na Capital, 37.474
ocorrências foram registradas. Os números se mantiveram praticamente os
mesmos, se comparados ao ano anterior, quando houve 37.215 casos.
A exemplo dos casos de CVLI, nos três últimos meses de 2013, as ocorrências de roubo também sofreram queda.
As
premiações a serem pagas aos policiais deverão ser repassadas conforme
as metas forem batidas em três esferas: área (40% do valor total do
prêmio), território (30% do total) e Estado (30% do total).
A
premiação por área corresponde à meta traçada por AIS. Já a premiação
por território ocorrerá sempre que as regiões Norte, Sul, Capital e
Região Metropolitana forem batidas. Já a terceira parcela será paga caso
o Estado todo bata a meta.
Fonte: O Povo
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