Para chegar à previsão, a Funceme usou dados oceânicos e atmosféricos para avaliar como será o período chuvoso Foto: José Leomar. |
As chuvas no Ceará
devem continuar abaixo da média histórica e há a possibilidade de a
seca ser prolongada em 2014, caso se confirme a previsão da Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) divulgada nesta
terça-feira (21). Segundo a Funceme, o primeiro prognóstico para os
próximos três meses é de 25% de as chuvas ficarem acima da média; 35%,
na média e 40% abaixo da média histórica de chuvas do estado. Os dados
são similares à previsão feita em janeiro de 2013.
A média histórica do estado é de 805 milímetros de chuva durante a
chamada “quadra chuvosa”, de fevereiro a maio. Ainda segundo a Funceme,
as regiões que devem receber menos chuva em 2014 são o Sertão Central do
Ceará e o Sul do Estado, o que inclui a região Cariri e parte do
Centro-Sul cearense.
Segundo o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, as condições da
atmosfera e dos oceanos não evoluíram para um quadro positivo.
“Persiste uma neutralidade nas temperaturas do Pacífico e no Atlântico
Equatorial há uma tendência de configuração desfavorável às chuvas. Além
disso, os modelos atmosféricos globais de várias instituições também
apontam para a maior probabilidade de chuvas abaixo da média no Ceará
até abril”, explica.
Em 2012 e 2013, a Funceme havia previsto chuvas abaixo da média em todo
o estado, o que foi confirmado. Por falta das chuvas constantes, o
Ceará sofre atualmente uma das maiores secas do Estado; 178 das 184
cidades cearenses decretaram situação de emergência por causa da
estiagem.
As chuvas de pré-estação no Ceará neste ano estão acima da média
histórica segundo a Funceme, mas, segundo o órgão, as precipitações que
ocorrem em dezembro e em janeiro são formadas por fenômenos
meteorológicos diferentes dos formadores de chuva na estação chuvosa.
Estado se prepara para a seca
Diante da previsão de chuva abaixo da média no Estado, a Funceme enviou, ainda em dezembro de 2013, um relatório para o Comitê Integrado de Combate à Seca no Ceará. Desde então, órgãos como a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA) e a Defesa Civil desenvolvem ações no combate a estiagem.
O secretário Nelson Martins (Desenvolvimento Agrário) afirma
que o governo está dando continuidade a todas as ações de combate a seca
e estas serão ampliadas para minimizar os efeitos da estiagem. O
secretário também garante que as perfurações de poços continuarão e
programas como o Água para Todos e o São José III serão ampliados.
Fonte: G1/CE e Diário do Nordeste
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