Desemprego no Brasil sobe para 7% no 1º trimestre de 2025

Desemprego sobe para 7% no 1º trimestre, mas segue em nível historicamente baixo
Brasília – A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7% no primeiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa uma alta de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,2%), mas uma queda de 0,9 p.p. comparado ao mesmo período de 2024 (7,9%).
Apesar da alta trimestral, trata-se da menor taxa para um primeiro trimestre desde 2012, quando a série histórica da PNAD Contínua teve início.
Mercado de trabalho aquecido, mesmo com demissões sazonais
O número de pessoas desocupadas chegou a 7,7 milhões, uma alta de 13,1% (mais 891 mil) sobre o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2024, houve queda de 10,5% (menos 909 mil).
Já a população ocupada foi de 102,5 milhões, com recuo trimestral de 1,3% e crescimento anual de 2,3%. O nível de ocupação foi estimado em 57,8%.
“A alta no desemprego neste início de ano reflete um padrão sazonal, com encerramento de contratos temporários após o Natal”, explica Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE. “Mesmo assim, o mercado de trabalho segue aquecido.”
Outros dados da pesquisa
- Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões
- Sem carteira assinada: 13,4 milhões
- Trabalhadores informais: 38,9 milhões (taxa de informalidade: 38%)
- Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
- Rendimento médio: R$ 3.410 – recorde da série histórica
- Massa de rendimento: R$ 345 bilhões (+6,6% em um ano)
- Desalentados: 3,2 milhões
- População fora da força de trabalho: 67 milhões
O número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável no trimestre, mas cresceu 3,9% em relação a 2024. Já os informais representam 38% da população ocupada.
Por fim, o Brasil tem atualmente 18,5 milhões de pessoas subutilizadas, e a taxa de subutilização ficou em 15,9%.
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