Pré-candidato: “quero ser o pós-Cid, o pós-governo” |
O senador e pré-candidato ao governo Eunício Oliveira (PMDB), chamado
de “biruta de aeroporto” pelo secretário estadual da Saúde, Ciro Gomes
(Pros), disse ontem que não responderá à crítica porque já é “bastante
maduro para não morder determinadas iscas”.
Ciro afirmou
na noite de terça que Eunício está parecendo uma “biruta de aeroporto”
em razão de suas conversas recentes com adversários do governador Cid
Gomes (Pros), buscando apoio para sua candidatura. “(Eunício) ora vai
pra cá, ora vai pra lá, ora afirma isso, ora afirma aquilo. E o
cearense precisa de rumo, precisa de firmeza”, afirmou o irmão do
governador.
De acordo com Ciro, o senador “tem se associado a
tudo que representa o retrocesso ao estado do Ceará”, o que segundo
ele inclui o grupo da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). Por isso,
continuou Ciro, “é muito remota” a possibilidade de o peemedebista ser o
nome da aliança governista para a sucessão de Cid.
Eunício
declarou ontem, sem citar Ciro, que “neste momento” prefere não fazer
um “embate político”. “Já estou bastante maduro na vida pessoal e na
vida política para não morder determinadas iscas. O que eu vou fazer é o
debate com a sociedade, e o debate com aqueles que poderão ser meus
opositores em outros partidos políticos. Isso sim eu vou fazer, e vou
fazer com muito gosto”, disse o senador em entrevista à TV Diário.
O
pré-candidato do PMDB afirmou ainda que não quer ser anti-Cid nem
antigoverno. “Quero ser o pós-Cid, o pós-governo. Vou fazer o diálogo
com a sociedade. É uma coisa inerente ao meu comportamento, ao meu
partido político. Quem escuta mais erra muito menos”.
Ciro
deu as declarações sobre Eunício antes de participar de reunião com
partidos governistas no Marina Park Hotel para informá-losa sobre
feitos e demandas do Estado na saúde. Ciro também ironizou o discurso
atual do PMDB, que passou de aliado, quando ocupava cargos no governo
Cid, a crítico de áreas como segurança e saúde.
“O PMDB
esteve até muito recentemente junto conosco, ao longo desses sete anos e
meio, pro bem e pro mal. Se eles agora estão enxergando alguns
defeitos, a população vai perguntar onde é que eles estavam quando
esses defeitos aconteciam e eles não apontaram”, disse o secretário.
Fonte: O povo online
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