A Polícia já identificou duas pessoas suspeitas de terem atirado contra
a médica infectologista, Ângela Massayo Ginbo, 46, na noite da última
segunda-feira, quando ela chegava à sua residência, no condomínio Terra
dos Kariris, no Sítio Estrela, em Barbalha (503Km de Fortaleza). Segundo
o capitão Lucivando Rodrigues, comandante da 2ªCia do 2ºBPM (Barbalha),
a primeira versão que surgiu para o caso, é que seria uma tentativa de
assalto, mas outras possibilidades não estão descartadas.
De acordo com o oficial, Ângela Ginbo estava em um automóvel Hyundai,
modelo HB20, quando foi surpreendida por três homens. Um deles efetuou
alguns disparos e um dos projéteis, calibre 38, atingiu a infectologista
de raspão, na altura da face. Mesmo ferida, a médica conseguiu seguir
até sua casa e foi socorrida por populares. Ângela deu entrada no
Hospital Regional do Cariri (HRC) e foi submetida a um procedimento
cirúrgico, já que o tiro lhe causou uma fratura. O último boletim
divulgado pela unidade de saúde considerava o quadro dela estável,
conforme a Polícia.
Motivação
O capitão Rodrigues, disse que algumas linhas de investigação estão
sendo seguidas, e que, no momento, nenhuma pode ser descartada. “A
primeira hipótese que surgiu é que teria sido um assalto, mas nada dela
foi levado; foi ventilado que ela pudesse ter sido vítima de bala
perdida; e acreditamos ainda, que pode ter sido alguém tentando
intimidá-la”, declarou o militar.
Duas pessoas já teriam sido identificadas como suspeitas, mas seus
nomes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações. O
capitão Rodrigues afirmou ainda, que desde que a Polícia tomou ciência
do fato, diligências estão sendo feitas, no sentido de capturar os
culpados pelo crime.
“O trabalho agora é de inteligência. Estamos procurando testemunhas e
buscando imagens de circuito interno de alguma residência das
proximidades de onde o crime aconteceu, que possa mostrar os atiradores.
Esperamos dar o retorno em breve”, disse o militar que comanda o
destacamento de Barbalha. Rodrigues afirmou ainda, que por conta do
procedimento cirúrgico a que foi submetida, a vítima ainda não teve
condições de falar com a Polícia. “O depoimento dela poderá ser bastante
esclarecedor. A motivação poderá ser elucidada com o que ela disser”.
A reportagem tentou entrar em contato com o delegado Vitor Timbó,
titular da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte, que presidirá o
inquérito sobre o caso, no entanto, as ligações não foram atendidas.
O carro em que a médica estava foi periciado e a equipe da Perícia
Forense do Ceará (Pefoce), que esteve no local, constatou três
perfurações. Somente o laudo definitivo poderá atestar se apenas um dos
suspeitos atirou contra a mulher.
A médica infectologista Ângela Massayo Ginbo é diretora de uma
faculdade de Medicina em Juazeiro do Norte. Pelas redes sociais, muitos
acadêmicos e funcionários da Instituição se manifestaram e disseram
lamentar o que ocorreu com a profissional. As mensagens desejavam
melhoras à médica e pediam Justiça.
Ângela Ginbo é paulista, natural da cidade de São José dos Campos. Ela
mora no Ceará há cerca de 20 anos. Desde que chegou a Região do Cariri,
desenvolve um trabalho relevante junto aos portadores do vírus HIV. Ela
foi uma das primeiras coordenadoras do Centro de Infectologia do Cariri.
Fonte: Diário do Nordeste
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