A mesa diretora e o colégio de líderes da Assembleia votaram pelo recesso branco na campanha eleitoral, com apenas uma sessão semanal (Foto: Érika Fonseca/Diário do Nordeste) |
Por 6 votos contra 4, a mesa diretora da Assembleia Legislativa e o
colégio de líderes definiram, ontem, que as sessões plenárias durante o
período eleitoral serão realizadas apenas durante as terças-feiras e,
somente se houver necessidade, serão convocadas extraordinárias em
outros dias da semana.
A decisão, no entanto, não agradou aos
deputados Eliane Novais (PSB), Ely Aguiar (PSDC), Fernanda Pessoa (PR) e
Roberto Mesquita (PV), que chegaram até a bater boca com alguns
parlamentares que votaram a favor da redução no ritmo das sessões.
Liberdade
Apesar
das divergências, Zezinho Albuquerque ressaltou que a decisão respeitou
o desejo da maioria dos integrantes do Colégio de Líderes. “Há uma
eleição em andamento e nós precisamos também dar liberdade para os
colegas andarem no Interior. Essa é uma decisão da maioria e por isso
que aqui é o berço da democracia”, pontuou ao acrescentar que a nova
agenda será posta em prática somente a partir da próxima semana e,
assim, a realização das sessões seguirá normalmente até amanhã.
A
deputada e candidata ao Governo do Estado, Eliane Novais (PSB),
defendeu que os parlamentares precisam cumprir as obrigações
institucionais. “Nós temos que cumprir nossa obrigação institucional.
Fomos eleitos como deputados e recebemos nosso salário no final do mês.
Imagine só se o governador do Estado trabalhasse somente um dia. Então,
considero isso uma questão distante da realidade que estamos vivendo
hoje”.
Já o deputado Roberto Mesquita atribuiu a decisão da
maioria a uma suposta orientação do Governo do Estado ao parlamentares
que compõem a base”
“Isso nos coloca de joelhos e diminui a
Assembleia Legislativa. Chegamos até a construir um consenso, mas acho
que a ordem que veio lá de cima era a de que tivesse sessão só por um
dia mesmo”, disparou.
Fundamentação
O
líder do governador Cid Gomes na Assembleia, José Sarto, rebateu ao
afirmar que as críticas da oposição não têm fundamentação. “Não existe
nenhuma orientação por parte do Governo, até porque essa é uma questão
interna da Assembleia. Querer atribuir isso como ação do Governo é
querer colocar chifre em cabeça de cavalo. É papel da oposição fazer
isso”.
José Sarto até citou o embate como exemplo para mostrar
que a influência do ambiente eleitoral na Casa já tem dificultado
qualquer decisão, antes consenso entre todos os deputados.
“Você
vê que o ambiente já está totalmente politizado. Qualquer decisão da
Casa vai se atribuir ao Governo. Para mim, isso é apelar para a
desinteligência e é até um desrespeito aos deputados que manifestaram
sua opinião”, destacou o líder do Governo na Assembleia.
Fonte: Diário do Nordeste
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