Dados da Justiça Eleitoral e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que a maior parte dos candidatos “fichas-sujas” continuam disputando livremente cargos públicos. Segundo O Globo, em 15 estados brasileiros, pelo menos 90% dos fichas-sujas continuam em campanha, ação permitida até que haja a decisão final da Justiça. Esta é a primeira eleição geral sob vigência da Lei da Ficha Limpa.
Um levantamento feito pela Procuradoria Geral Eleitoral, divulgado pelo jornal O Globo, mostra que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) barraram 240 candidaturas irregulares, porém as procuradorias regionais eleitorais haviam pedido a impugnação de 501 campanhas. 50 candidatos renunciaram após serem impugnados pelo Ministério Público Eleitoral.
Justiça aprova candidatos condenados por improbidade
O cadastro do CNJ traz cerca de 14 mil pessoas, não necessariamente políticos, condenadas por improbidade administrativa ou por outra irregularidade que gera inelegibilidade, porém nem todos os condenados por improbidade perdem os direitos políticos.Alguns políticos considerados pelo CNJ como inelegíveis tiveram suas candidaturas aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Nestas eleições, pelo menos 54 candidatos figuram na lista do Conselho. Destes, 17 são considerados inelegíveis pelo órgão. Caso o eleitor vote em um político que está em processo de impugnação, há o risco de o voto ser perdido. Como os candidatos seguem fazendo campanha até que se chegue a uma decisão final, em caso de vetada a candidatura, o político aparecerá com votação zerada na apuração.
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