Após a suspensão da greve da Universidade Estadual do Ceará (Uece) em 9 de janeiro de 2015, a má distribuição nas vagas de professores para a capital e no interior levou estudantes e professores a ocuparem novamente a reitoria da universidade desde a tarde desta segunda-feira (26). O governador Camilo Santana irá se reunir às 14h com o reitor e com os diretores dos centros da Capital e do interior, para discutir a redistribuição dessas vagas.
A demanda emergencial da Uece por professor é de 163, mas o governo autorizou apenas 113 vagas (mais 7 vagas para o curso novo de Itapipoca, totalizando 120 vagas) para a primeira etapa do concurso (2015). Isso representou uma diminuição de 30% em relação à necessidade emergencial. Diante disso, a reitoria da Uece utilizou como critério estabelecer um corte linear de 30% para todos os centros/faculdade da Uece. Isso gerou um grande desconforto e indignação, sobretudo nas faculdades onde a carência de professores é extremante elevada. ”Hoje existem vários cursos bem abaixo de um mínimo necessário para o normal funcionamento de um curso de graduação.” Explica o professor Célio Coutinho.
Na faculdade de Quixadá (FECLESC) funcionam 8 cursos de graduação e a reitoria está disponibilizando apenas 2 novas vagas, já na de Iguatu (FECLI), funcionam 5 cursos de graduação e foi disponibilizado apenas 10 vagas. Se esse problema não for resolvido ovestibular para vários cursos nessas regiões terá que ser cancelado.
O sindicato ao término da greve sugeriu à reitoria da universidade como principal critério o preenchimento prioritariamente das vagas dos cursos que se encontram em colapso por falta de professor e que por consequência tiveram que deflagrar a greve em 2013/2014/2015. A reitoria não aceitou a sugestão do sindicato. Foram realizadas cinco reuniões e a reitoria não declinou de seu método equivocado de distribuição de vagas na Uece e os problemas não foram solucionados. Afirma Célio.
Ainda de acordo com o professor,”diante dessa intransigência e insensibilidade da reitoria, há 17 dias, professores e estudantes dessas 2 faculdades, com o apoio da SINDUECE e do movimento estudantil, decidiram ocupar o gabinete do Reitor da Uece, no campus do Itaperi, como ato de protesto e reivindicam a redistribuição urgente das vagas. Essas 2 faculdades estão reivindicando apenas um acréscimo de mais 21 professores efetivos para o interior, em caráter emergencial, para não permanecer em colapso por falta de professor.”
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