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Educação

Jovem descobre que passou em medicina na UFPE após acordar de coma e ficar paraplégico.

Após grave acidente em 2023 e dois anos de recuperação, o jovem recifense, que iniciou o curso em setembro de 2025, expõe falhas na infraestrutura e cobra inclusão na universidade.

Por Redação MQ | Publicado em: 25/10/2025 às 15:56
Jovem descobre que passou em medicina na UFPE após acordar de coma e ficar paraplégico.

A história de Heberth Santana, de 21 anos, estudante de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é marcada por superação e, agora, por uma importante luta por inclusão. Em dezembro de 2023, o jovem, que estava em São Paulo para prestar outros vestibulares, sofreu um grave acidente de carro, resultado de uma tentativa de assalto. O ocorrido o deixou com traumatismo craniano, lesões na coluna e paraplegia. Após 15 dias em coma e desacreditado pelos médicos, Heberth acordou no hospital com duas notícias impactantes: a perda dos movimentos das pernas e a aprovação no curso de Medicina da UFPE.

A universidade, em um procedimento excepcional, reservou a vaga de Heberth por um ano e nove meses, permitindo que ele se dedicasse à reabilitação intensiva, que incluiu fisioterapia e cirurgias. Em setembro de 2025, aos 21 anos, ele finalmente iniciou as aulas do primeiro período. Contudo, a conquista trouxe consigo um novo desafio: a falta de acessibilidade no campus. Por meio de seu perfil no Instagram, Heberth tem documentado problemas como banheiros inadequados, ausência de rampas e elevadores quebrados, especialmente o que dá acesso à sala de aula prática de anatomia no Centro de Ciências da Saúde (CCS). A UFPE informou ter recebido as demandas e realizado adequações nos banheiros do CCS, além de estar providenciando peças para o conserto de um dos elevadores, com expectativa de reparo até o final de outubro de 2025. Heberth e seus colegas recusaram a sugestão de usar o elevador de serviço, que transporta peças anatômicas (cadáveres conservados em formol), devido aos riscos de contaminação e exposição a substâncias cancerígenas. A mobilização do estudante tem ganhado o apoio maciço de sua turma, que inclusive se recusou a ter aulas práticas de anatomia sem a presença dele, reforçando a importância da acessibilidade e da cobrança por direitos.

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